Por Que as Ações de Varejistas estão em Queda na Bolsa de Valores

Saiba aqui os motivos que levaram as ações de empresas varejistas a terem queda na Bolsa de Valores.

Recentemente foi levantada a questão: que fator ocasionou grandes descontos nas ações de varejistas na bolsa?

Outra pergunta se segue a esta: o segmento de varejo brasileiro se extinguiu?

De acordo com a análise especializada, para as companhias munidas de ações negociadas junto à Bolsa de Valores, tudo indica que sim.

Algumas estatísticas mais atualizadas mostram que, por exemplo, ações da Magazine Luiza estiveram em queda galopante, fechando um mês na escala de 12,65%, após uma outra baixa no início deste mês.

No caso das Lojas Americanas o recuo foi de 8,77%, ao passo que as ações da empresa Via, importante grupo regente das redes: Casas Bahia e da Ponto, apresentaram recuo vertiginosos de 7,73%.

Trata-se de exemplos de grandes empresas nesse segmento, o que pode configurar a situação de que as varejistas passam por um período de pressão, exercido pelo cenário que indica alta nos juros, resultando no encarecimento de créditos e no emperramento do consumo. Esta situação é mais dificultosa que aquelas vividas por empreendimentos em outras modalidades estruturais durante esse período de agravamento na crise econômica e diante dos pífios índices de aumento nas oportunidades de emprego.

Esta situação de agravamento ficou mais evidente depois de se verificar o seguinte: mesmo com o fim de ano e as promoções de Black Friday e de Natal, ainda assim o poder de consumo do cidadão comum diminuiu pela crise, o que não dá muito alento para as varejistas. O que se depreende disso é que essa mesma tendência pode prevalecer no próximo ano.

Outro fator de ajudou nesse processo foi a chegada do Pix a mais de 60% dos consumidores brasileiros.

O sistema Pix para efetuar pagamentos de forma instantânea, elaborado e lançado por meio do Banco Central, foi muito bem aceito pelos brasileiros. Esta parece ser a solução mais econômica para grande parte da população, dado que está desprovido de burocracias; ou se pode efetuar compras sem precisar se deslocar.

O varejo é definido pela venda direta ao consumidor final, o consumidor do produto ou do serviço, não exigindo intermediários. Portanto, no varejo o local onde todos os produtos ou serviços são comercializados ou realizados constitui a unidade de loja, a residência do comprador (venda de porta em porta) ou mesmo pelas ruas, nos comércios mais populares.

Mas o varejo também abrange outros modos de prestação e serviços no comércio de bens de consumo, que podem ser elencados no próprio conceito de varejo, incluindo a venda pessoal de produtos; remessa por correio; via telefone ou fechamento de aquisição pela máquina automática.

Outro importante levantamento, efetuado por meio dos gestores da Confederação Nacional do Comércio de Bens, de Serviços e Turismo, estabeleceu comparação entre os preços praticados nos hipermercados, nos supermercados e nos chamados “atacarejos”. Estes são meios de comércio mais baratos hoje. A média de aquisição de cesta básica de alimentos tornou-se 18% mais acessível por meio desses estabelecimentos.

Este período abre outras chances para investidores, que podem identificar ações mais baratas. Um dos modos mais frequentes de se verificar se uma ação está mais acessível, para compra, é pela observação do P – VPA da mesma, ou seja, o valor da ação dividido pelo seu valor patrimonial, por ação. Este processo vai indicar o quanto os investidores já estão pagando em cada real de ativos residuais da determinada empresa.

Desta maneira, uma bolsa que já estava mais em conta torna-se ainda mais disponível para compra, e este pode ser o ponto de início para se ingressar em ações de boas companhias. Tudo tem seu lado positivo e negativo.

Paulo Henrique dos Santos