O segmento da saúde começou a ganhar uma maior representatividade na bolsa de valores do Brasil a partir de dezembro de 2020, quando a Rede D’Or chegou à bolsa e duas grandes empresas, Hapvida e Intermédica, realizaram uma união. Possuindo um valor de mercado que supera os 100 bilhões de reais, essas duas empresas já estão entre as maiores da lista da bolsa.
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A Rede D’Or, que é a maior rede de hospitais privados do Brasil, já teve uma valorização de 25% desde dezembro. Chegando a um valor de mercado de 137,4 bilhões de reais, chega à nona maior posição na lista. E as empresas Hapvida e Intermédica unidas ocupam o décimo primeiro lugar com 115 bilhões de reais de valor de mercado.
Há mais de 20 anos as empresas do setor da saúde já chegavam à bolsa de valores, mas em geral envolviam-se aquisições e fusões que fechavam seu capital antes que um grande nome da saúde chegasse ao topo da lista. Junto à Rede D’Or e à Intermédica, que proporcionaram um cenário mais receptivo para empresas desse segmento, outras sete empresas já preparam ofertas públicas iniciais (as chamadas IPOs).
Uma vez que essas empresas ganham mais visibilidade, a tendência é de que as operações da bolsa nesse segmento atraiam a atenção de outras organizações e cada vez mais o segmento entre nesse contexto.
Isso vem, também, da liberação de capital de fora do país para os hospitais, que ocorreu em 2015. Dessa forma, as empresas atraiam investimentos do exterior e agora devem optar pela bolsa de valores.
O setor da saúde tem um grande potencial e é muito grande. Fatores como inovações tecnológicas e o envelhecimento da população causam sérias transformações, e, no caso do Brasil, há condições que ainda favorecem mais o setor e promovem mais mudanças, como por exemplo o fato de que o SUS (Sistema Único de Saúde) não é capaz de atender toda a população brasileira, deixando boa parcela para a iniciativa privada.
Pensando num contexto global, a saúde se torna cada vez mais um setor atrativo por causa do envelhecimento da população mundial, algo que vem sendo observado no mundo todo e que demanda cada vez mais serviços de atendimento à saúde. Hoje, no Brasil, há 6 empresas que estão ligadas ao setor da saúde no Ibovespa, que juntas somam aproximadamente 6,5%. São elas a Fleury, Qualicorp, SulAmérica, Hypera, Hapvida, RaiaDrogasil e Intermédica. A Rede D’Or deve entrar na lista apenas no fim do ano – segundo regras da listagem -, provavelmente com um peso de cerca de 3%, totalizando algo próximo a 9% para o setor. Na Europa e nos Estados Unidos, o segmento da saúde representa um total que varia entre 19% e 17% da bolsa de valores, porcentagens que ainda estamos um longe de chegar.
Segundo especialistas, o fato de que companhias como a Hapvida, Intermédica e a Rede D’Or estejam muito habituadas a compras e fusões ajuda nessa falta de representatividade do segmento na bolsa, já que acaba tirando várias empresas da disputa através das compras.
Esse grupo que chega agora à bolsa vem de private equities e famílias que vieram construindo empresas e visando o sucesso das grandes do setor, e agora devem buscar uma liquidez na bolsa de valores. Elas podem muito bem protagonizar o mercado ou passarem por uma onda de consolidação novamente.
Carolina de Almeida Rondelli
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