O nome Tesla está se tornando cada vez mais famoso e icônico no século XXI. O que seria uma montadora de carros de nicho está, na verdade, se revelando como um páreo duro para as empresas já estabelecidas no setor.
No início deste mês de junho, a companhia Tesla (NASDAQ: TSLA) tornou-se a montadora de maior valor em todo o planeta. Isso se deu pelo fato de a organização ultrapassar US$ 207 bilhões de dólares em valor de mercado, superando até a Toyota.
Essa história se iniciou no ano de 2010, quando foi aberto capital pela companhia liderada pelo empreendedor Elon Musk, a qual atingiu uma bem sucedida valorização, em torno de 7.000%, conquistando o patamar de empresa preferida entre os investidores que nela miram seus negócios, reconhecendo o seu potencial acima da Volkswagen e da General Motors.
Entretanto, todo esse sucesso fez levantar uma série de especulações a respeito da abertura do capital de outra companhia do mesmo empresário, a famosa SpaceX, sobretudo após uma muito bem-sucedida jornada tripulada para a Estação Espacial Internacional no último mês de maio.
A empresa que é responsável pela produção de foguetes, e pelo lançamento de satélites em órbita, está, também, sendo reconhecida entre as mais importantes e valiosas candidatas a estrear na bolsa. Deste modo, os investidores percebem o potencial positivo de se quebrar alguns paradigmas, superar grandes concorrências por meio de produtos ‘revolucionários’. Especialistas vaticinam que as companhias regidas por Musk podem se tornar futuras Apple.
Entretanto, apesar da fama e eficiência, a Tesla apresentou e ainda apresenta resultados inferiores em relação às companhias mais tradicionais, em termos de lucro.
No ano passado, a organização Volkswagen obteve lucro na casa dos 17 bilhões de euros; a própria General Motors chegou ao teto de US$ 6,7 bilhões e a companhia Ford, mantém os seus US$ 47 milhões de dólares, ao passo que, a Tesla atingiu um prejuízo que chegou a US$ 862 milhões de dólares, embora constitua queda bem menor que os anos anteriores 2019 e 2018.
Apesar disso, o reconhecimento e o prêmio estão chegando, já que a empresa está na posse de ativo de risco, no caso, as ações do grupo Tesla, além do fato de a mesma organização manter 50% da frota mundial dos automóveis elétricos.
Esse mesmo ‘Prêmio de Risco’ consiste no diferencial entre o rendimento de determinado investimento considerado de risco e outro, desprovido de risco. No geral, a proporção de maior risco acarreta maior chance de prêmio. Com relação à organização Tesla, muitos investidores estão apostando em investimento a longo prazo, podendo, deste modo, avaliar quais os modelos de automóveis elétricos vão ocupar o patamar que ainda é dominado pelos modelos convencionais.
O consumidor que conduz um modelo Tesla experimenta a mesma sensação quando da transição dos telefones antigos para os aparelhos smartphones. Os depoimentos de usuários sobre as vantagens dos veículos elétricos estão começando a se avolumar na sociedade.
E não estamos falando somente de dirigibilidade, mas de toda uma experiência de compra. A jornada começa pela aquisição do próprio veículo, feita online, já que a montadora dispensa rede de concessionárias. Por dispensar tal rede, a manutenção do veículo também é feita de maneira “diferente”. Diagnósticos são todos realizados online, pelo computador de bordo de carro e, caso seja necessária alguma manutenção, agenda-se com uma oficina credenciada.
Mas e as revisões? Esqueça, motores elétricos não usam partes hidráulicas e raramente necessitam de manutenção, troca de óleo, etc. Freios de carros elétricos também são, principalmente, a motor, uma das formas que o veículo usa para recuperar a energia gasta para propulsão, de modo que pastilhas de freio também gastam muito pouco. O desgaste é principalmente em pneus, paletas de limpadores e amortecedores, principalmente.
Especialistas comparam essa situação com o surgimento de uma espécie de disrupção em linhas produção que chegaram à evolução do smartphone. Quebra de paradigmas, interrupção do curso normal de um determinado processo no mercado automobilístico.
Atualmente existe uma grande expectativa dos mercados que estão observando o desempenho da organização SpaceX, porém, os executivos da empresa deram sinais claros de que sua estreia na Bolsa não chegará tão cedo quanto se possa prever, mesmo sendo otimista. Isso pode vir a se concretizar em curto prazo se houver apoio de uma extensão da organização Starlink, especializada no desenvolvimento de redes de internet por muito baixo custo.
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