Graças em boa parte à alta do dólar e ao aumento do preço do petróleo, a estatal Petrobras finalmente anunciou um lucro de R$ 25,77 bilhões no ano de 2018.
O valor é o primeiro resultado positivo após quatro tenebrosos e consecutivos anos de perdas (a Petrobras não lucra desde 2013).
A Petrobras também comemora simbolicamente o primeiro ano de lucro após todo o escândalo do esquema de corrupção anunciado e investigado pela Polícia Federal desde o ano de 2014.
É bem da verdade que o preço do barril deu uma forcinha neste resultado. Com alta de 31%, o preço do petróleo do tipo brent ajudou muito nesta margem positiva, o fato da estatal atrelar seus preços ao mercado internacional e consequentemente ao dólar também possibilitou um bom ganho, uma vez que o dólar se valorizou frente nossa moeda local no ano passado.
Temos também neste conjunto à venda de ativos, sua incessante política de redução de custos e o fato de ter regularizado um montante expressivo de R$ 5,3 bilhões em créditos com outra estatal, à Eletrobrás.
Além do lucro, o endividamento também diminuiu, em comparação ao ano de 2017 a queda foi de 4%, isto significa que a dívida líquida da empresa agora soma R$ 268,62 bilhões.
Outro dado importante é a métrica que mede sua alavancagem, quer dizer o quanto de faturamento está estritamente comprometido com o pagamento de sua dívida. No início o objetivo era para cada US$ 1,0 dólar faturado ser correspondente a US$ 2,5 da dívida, isto na prática significa uma métrica simples de 2,5 vezes para cada dólar ganho.
Em 2018 está métrica ficou em 2,34, quer dizer um número abaixo do prometido, porém de uma maneira geral houve a redução da dívida ante todo o lucro exposto.
Apesar do lucro comemorado, alguns objetivos não foram alcançados ou ficaram aquém do esperado, em especial à venda de seus ativos mais atrativos que somaram em torno de US$ 6 bilhões, valor abaixo do projetado pela própria empresa.
O próprio mercado esperava um lucro de R$ 7,8 bilhões no quarto trimestre de 2018, mas à empresa só obteve R$ 2,1 bilhões.
O principal desafio segundo seu presidente é diminuir o intervalo entre às pesquisas de campos e início de toda parte de exploração até à efetiva extração do óleo através de uma plataforma instalada para este fim. Até os primeiros litros de óleo serem destinados à venda, a Petrobras trabalha todo o processo no prejuízo e isto tem que mudar.
Nas palavras do atual presidente da empresa, sr. Roberto Castello Branco, a Petrobras “está convalescendo de uma grave doença”, isto significa na prática que o enxugamento de custos e despesas não tem prazo para ser encerrado.
Fazem parte desta iniciativa o fechamento de seu escritório na cidade de São Paulo, na Avenida Paulista, que emprega em torno de 700 pessoas, além dos escritórios localizados nos EUA (na cidade de Nova York), no Irã, África e também no Japão.
Há também uma enorme expectativa na contínua oferta de vendas de seus ativos, dentre eles seus terminais e refinarias.
Fora isto, o próprio conselho determinou o congelamento de todos os salários do presidente e da diretoria em 2019.
É o que espera todos seus funcionários, colaboradores, fora o mercado e os analistas do setor, apesar do lucro ser um excelente indicador de que às finanças começam a entrar nos trilhos, existe um consenso geral que ainda há muito a ser feito e implementado.
Autor: Carlos B.
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