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Desde que publicamos este artigo, muita coisa mudou no mercado de criptomoedas. A China baniu as ofertas iniciais de moedas (ICOs) e várias casas de câmbio (exchanges) de Bitcoin anunciaram seu fechamento. Isso fez com que o preço do Bitcoin desabasse em 30%.
Mas não antes de ter atingido US$ 5 mil em mercados internacionais e R$ 18 mil no Brasil (que continua tendo um Bitcoin mais caro que a média mundial). Ou seja, os números que colocamos aqui, em junho, há três meses, são mais baixos que os atuais. Neste momento, o Bitcoin é negociado a cerca de US$ 3,600 nos mercados internacionais. E o Bitcoin é negociado acima de R$ 13.000,00 no Brasil, seu pico de junho.
Por outro lado, o Ethereum, que parecia ameaçar a hegemonia do Bitcoin, perdeu um pouco do seu apelo com as regulamentações chinesas (como é uma moeda que se beneficia, essencialmente, de ICOs, acaba sendo particularmente atingida). Seguiremos acompanhando.
No entanto, o que não muda são nossas ressalvas. Bitcoin é um ativo com muito potencial, mas também muito risco e, principalmente, não pode ser precificado como uma ação que gera dividendos e renda, ainda que variável, para seus detentores. Seu potencial valor é inferido, por nós, a partir de comparação com outros ativos que também se comportam como moeda.
Deixaremos o texto original, de junho, abaixo, na íntegra, para você acompanhar tudo o que dissemos sobre a criptomoeda.
Se você esteve ligado às notícias ou à timeline do seu Facebook nos últimos meses, é bem provável que tenha ouvido falar sobre esse tal de Bitcoin.
Mais do que isso, é possível que você tenha ficado interessado em destinar parte do seu dinheiro para investir nele.
Afinal, você só ouviu falar bem e os números mostram como ganhos estratosféricos foram obtidos a partir dessa moeda digital.
Toda a beleza do Bitcoin está ligada ao fato de ele não existir fisicamente. Por isso é chamado de moeda digital.
Sua estrutura de rede, o Blockchain, permite que em questão de minutos Bitcoins sejam transferidos entre usuários e, melhor, de forma completamente anônima e com um alto nível de segurança. O que reduz drasticamente os custos de transação, principalmente em transferências internacionais. A Accenture, por exemplo, afirma que o uso de criptomoedas baseadas em blockchain pode gerar uma economia de US$ 8 a 12 bilhões anuais em infra-estrutura para os maiores bancos de investimento do mundo. Muita coisa.
O anonimato nas transações chamou a atenção do mercado negro e da deep web (o submundo da internet) anos atrás e, por isso, o Bitcoin teve seus primeiros anos com uma imagem negativa, sendo considerado algo que só hackers usariam (nota do editor: o usuário de Bitcoin deve se atentar, no entanto, que todas as transações, desde o início, são salvas no Blockchain. Ao revelar informações pessoais junto de um endereço de Bitcoin, a identificação do usuário pode ser possível).
Ao longo dos anos, o Blockchain, a tal rede, foi ganhando força e relevância e o Bitcoin, junto com outras moedas digitais (como Litecoin e Ethereum), ganhou relevância. Independência de governos e bancos (o valor investido não rende juros ou dividendos, como em aplicações de renda fixa ou ações, mas em compensação está seguro contra inflação), facilidade e segurança nas transações e forma de proteção contra crises foram aspectos que começaram a ser debatidos.
Como você pode esperar, isso fez com que muito mais gente começasse a se interessar pela moeda digital. E hoje quero falar sobre os efeitos disso.
O Bitcoin começa a ser considerado um tipo de investimento, apesar de para mim não ser um investimento como os que você conhece, mas sim um elemento mais especulativo (inclusive pelo fato de não render juros e dividendos). Nem por isso é algo ruim. Pelo contrário.
Conforme vai ganhando mais espaço e aderência mundialmente (há inclusive governos começando a adotar o Bitcoin como forma de pagamento regularizada, como é o caso do Japão), a atenção se volta para seu potencial de valorização.
Se olhamos para seu preço há exato um ano, é assustador. Naquela época, 1 Bitcoin valia cerca de 500 dólares ou 1700 reais. Hoje vemos algo completamente diferente: aproximadamente 2500 dólares ou 9500 reais. Note que os valores não são uma conversão exata. Como é negociado em várias plataformas, cada uma tem um preço diferente para o bitcoin. Na Coreia do Sul, por exemplo, o bitcoin, atualmente, custa cerca de US$ 1,000 a mais que nos EUA.
Até aí, tudo bem. Quem comprou 1 Bitcoin há um ano está felizão, vendo seu dinheiro se multiplicar por mais de 5 vezes.
Porém, muita atenção!
Eu penso que nada garante que isso vai continuar assim.
Vamos pensar no seguinte: ninguém sabe quanto vale o Bitcoin.
Como assim? Bom, constantemente ele supera seu maior valor histórico. Quando isso ocorre, ninguém sabe ao certo qual o novo patamar onde se pode chegar. O que existe são apenas especulações.
E essa é a graça toda do jogo. Como qualquer inovação, o futuro do Bitcoin é extremamente incerto. Se todos nós já soubéssemos seu valor justo ou o que vai acontecer com a moeda daqui seis meses, deixaria de ser uma inovação, por definição.
Ou seja, se você decide comprar Bitcoins para buscar a valorização, ótimo. Mas lembre-se que você está apostando em uma inovação e nem todas elas dão certo.
Por isso, a única coisa que eu te peço é um pouquinho de atenção. Se você compra Bitcoins, faça isso com a cabeça tranquila de que você pode perder tudo. Ou ganhar muito. É parte do jogo.
Mas evite se deixar levar pela manada, como no caso da semana passada. A moeda atingiu seu maior pico em 13.000 reais e geral saiu comprando. Dois dias depois, a inevitável correção: Bitcoin a menos de 10.000. Mais de 25 por cento de queda.
Nessas horas, o cara que comprou no pico se desespera, vende e perde grana.
E esse comportamento se repete, dia após dia, com todos os tipos de investimentos.
Mas você, que está aqui para montar uma mentalidade financeira forte já sabe: não tente acertar no curto prazo.
Se for para jogar, entre para jogar o jogo inteiro e não só para bater o pênalti. E se for pra comprar Bitcoins, leia sobre ele, se interesse, saiba seus riscos e potenciais. Tenha em mente de que é um tipo de moeda ao portador, de uma maneira parecida com as fotos que você tem em seu celular. É necessário fazer backup para não perdê-las para sempre e ter cuidado para que hackers não tenham acesso à sua carteira (leia mais sobre uso de bitcoin com segurança).
Após nossa introdução e enfatizado seu caráter especulativo, vamos a alguns fatos que podem nos dar uma luz quanto ao valor potencial de um bitcoin.
Se a criptomoeda se tornar um meio de pagamento amplamente aceito (há quem aposte que, em 2030, será uma das seis mais usadas do mundo) e, mais que isso, continuar a ser vista como uma reserva para momentos de crise, rivalizando com metais como ouro e prata, é um tanto quanto consenso que seu valor está muito baixo. Não se deixe levar pelo valor de face acima de R$ 9.000,00 no momento. Não é isso que determinará o preço. No lugar disso, considere que há apenas 21 milhões de bitcoins que podem ser emitidos (“mineirados”), que há pouco mais de 16 milhões de bitcoins em circulação e que o valor total dos bitcoins hoje soma menos de US$ 40 bilhões. Para uma moeda digital, é pouco.
A título de comparação, se juntarmos todos os bitcoins do mundo ao preço atual, não dá para comprar sequer uma empresa como o Paypal, a líder de pagamentos online, que vale US$ 65 bilhões hoje. Uma Apple então nem se fala. A fabricante dos iPhones vale incríveis US$ 810 bilhões, mais de 20 vezes o valor somado dos bitcoins.
Ou seja, para uma moeda, ainda mais uma de alcance mundial, o Bitcoin ainda vale muito pouco. Tanto que o Saxo Bank considera que o preço unitário da moeda pode passar dos US$ 100 mil em 10 anos. E ainda pode ser uma estimativa conservadora. Quem lê em inglês pode ver essas previsões, onde o preço potencial fica acima de US$ 1 milhão.
Como também estudamos e investimos em criptomoedas, cabe, no entanto, algumas ressalvas. No momento, podemos vislumbrar alguns fatores que podem fazer com que o Bitcoin possa ser menos utilizado em alguns anos, perdendo valor potencial:
Para começar a entender bem sobre o bitcoin, seu potencial e seus riscos, é interessante assistir a este vídeo do Inversa Pub, uma discussão entre um dos grandes expoentes e entusiastas de Bitcoin no Brasil, o economista Fernando Ulrich, e o também economista Ricardo Schweitzer, ex-analista da Empiricus:
Baseado no texto de Jean Carlos Weber Andrades
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