No dia 10/11, quinta-feira, o dólar fechou com a maior alta dos últimos 8 anos. Em porcentagem, a moeda norte-americana subiu 4,73% em um único dia, fechando em R$ 3,361. A disparada do dólar nessa quinta-feira foi atribuída a pelo menos três fatores: incertezas quanto ao governo de Michel Temer no Brasil, eleição de Donald Trump e ausência do Banco Central no mercado de câmbio.
Somente no dia 22/10/2008, mais de 8 anos atrás, o dólar tinha registrado uma alta tão considerável: 6,39%. Dentre os fatores que disparam o dólar estão as incertezas do governo Temer, a incógnita Trump, a saída de recursos do Brasil (o que enfraquece a moeda) e a ausência do Banco Central nas negociações de câmbio.
Dentre as notícias que aumentaram o clima de instabilidade no governo Temer consta a apresentação de documentos que comprovariam doação de um milhão de reais feita pela empreenteira Andrade Gutierrez ao candidato à vice-presidência Michel Temer. Os documentos foram apresentados pela defesa da ex-presidente, Dilma Rouseff.
Outro fator relevante para disparada do dólar foi a eleição inesperada de Donald Trump. O mercado financeiro recebeu a notícia com surpresa e o Banco Central interrompeu as negociações de câmbios futuros para observar qual será o comportamente do mercado.
A tendência de alta do dólar une um cenário político frágil no Brasil, o que desvaloriza o valor do real, com as incertezas quanto ao modo que o republicano Donald Trump irá governar. Se as promessas feitas na campanha eleitoral forem seguidas, podemos esperar o fortalecimento da moeda americana e a redução nas importações por parte dos EUA. Donald Trump bateu constantemente na tecla de apelo ao nacionalismo ufanista e medidas que restrinjam a entrada de imigrantes.
Boa parte do mercado está receosa com o comportamento da bolsa e das moedas. Vale frisar que o momento é de bastante incerteza e um mercado volátil e pouco horizontal. No dia da eleição de Trump, bolsa como a da China registram quedas consideráveis. Os reflexos no Brasil ainda dependem de fatores políticos que envolvem o futuro do governo Michel Temer.
Por Matheus Griebeler
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