Plantar a soja safrinha sobre uma lavoura colhida recentemente é um costume bem comum no agronegócio brasileiro, porém, esse tipo de plantio estará proibido a partir de 2017.
A decisão foi tomada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), que determinou um calendário para o plantio de soja. Quem insistir em plantar a safrinha de soja durante o período de 15 de maio até 15 de setembro será autuado e terá que pagar multa.
Segundo os técnicos da ADAPAR esse tipo de cultura favorece o aparecimento de doenças como a ferrugem asiática. Estima-se que os fungos causadores da ferrugem estariam tornando-se cada vez mais resistentes a agrotóxicos pela longa exposição a esses pesticidas que a safrinha proporcionava. A maioria dos produtores concorda que é importante colaborar na erradicação dessa praga.
Começando o vazio sanitário em maio é possível interromper o ciclo reprodutivo e evitar que o fungo atinja as plantas da próxima safra. Caso a ferrugem realmente seja controlada será possível diminuir o custo com os fungicidas utilizados nas plantações. É importante que, além dos fungicidas, outras maneiras de controle sejam utilizadas.
As plantações infectadas pela ferrugem asiática deverão ter a situação controlada o mais rápido possível. Caso a safra torne-se um perigo para as propriedades vizinhas será necessário destruí-la para controlar o fungo da ferrugem.
Deixar a terra em descanso após a colheita não é a decisão ideal, uma vez que outras pragas podem aparecer. Apesar de não existir muitas culturas que possam tomar o lugar da soja ou que se adaptem à região, será necessário planejar para não perder a renda extra que a safrinha proporciona.
Com a proibição, muitos agricultores deverão se adaptar às novas regras. Durante o tempo determinado, de maio até setembro, não será possível plantar a soja, dessa forma, quem costumava tirar lucro da safrinha de soja, precisará encontrar culturas alternativas, como o milho, para não ter prejuízo no período.
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