Nos últimos dias um verdadeiro vendaval passou por Brasília, no Governo de Dilma Rousseff, graças à delação de Delcídio do Amaral, os protestos contra o governo, a possível prisão do ex-presidente Lula, além da crise econômica já sabida por todos. Para tentar amenizar os problemas e evitar a prisão de Lula, Dilma deve nomear nos próximas dias o ex-presidente como Ministro de seu governo, o que gerou uma péssima recepção do mercado econômico.
O dólar disparou na terça-feira, 15, com a notícia da possível nomeação de Lula a um Ministério, o que barraria as investigações da Lava Jato, comandadas por Sergio Moro, que pode até mesmo declarar prisão preventiva a Lula nos próximos dias, exatamente pelas investigações em que Lula está envolvido, no caso do Tríplex, graças ao foro privilegiado.
O dólar que já vinha em queda, acabou tentando alta recorde para os últimos meses. Em Março, principalmente após os primeiros dias, quando Lula foi interrogado pela Polícia Federal, a moeda norte-americana sofreu com uma desvalorização de 6,01%, o que acabou caindo por terra nesta terça-feira.
A moeda teve alta de 3,03% em relação ao real, fechando com o preço de R$ 3,7600 no caso de compra e R$ 3,7630 nos casos de venda de dólar. A moeda oscilou durante o dia com alguns períodos de baixa e outros de alta, e nem mesmo a notícia da delação de Delcídio, que revelou que Aloizio Mercadante tentou barrar sua delação com ajuda política e financeira, bem como sua declaração, de que Dilma teria escolhido Lula para barrar a Lava Jato, foram capazes de conter a alta do dólar. Desde 13 de Outubro do ano passado, o dólar não sofria uma valorização tão grande em relação ao real, quando bateu uma alta de 3,58%.
Bem como o dólar, o Banco Central sofreu uma grande desvalorização com a possível nomeação de Lula, apenas na terça-feira, a perca foi estimada em 13,5 bilhões de reais em relação ao seu valor de mercado. O Ibovespa também sofreu com quedas, fechando com uma queda de 3,56%, sendo a sua segunda queda seguida, gerando também uma redução nos valores no mês de Março em relação aos números de Fevereiro, em 10,13%.
Por Paulo Henrique
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