Com crise econômica trabalho informal aumenta e renda diminui

O rendimento dos trabalhadores brasileiros em 2015 foi de R$ 1.944. Uma pequena queda em relação a 2014, que foi de R$ 1.947, porém significativa.

Um fato aceito por todos é que o Brasil passa por um difícil momento econômico. Com isso, muitas consequências negativas vão surgindo e o grande prejudicado é o povo brasileiro. Um grande exemplo disso é a já registrada diminuição na oferta, bem como na qualidade do emprego em 2015. O resultado disso foi o aumento do número de brasileiros que trabalham por conta própria, ou seja, de forma informal. Em 2014 esse número era de 21,3 milhões, sendo que o mesmo passou a ser de 22,2 milhões em 2015.

É importante destacar que os números citados no início deste artigo são referentes a dados da Pnad Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Tais números foram divulgados na última terça-feira, 15 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. A pesquisa em si contou com a participação de 211.344 domicílios espalhados por cerca de 3.500 cidades de todo o país.

Uma consequência direta do aumento do número de pessoas trabalhando de forma informal é justamente a queda na renda. Segundo destaca Cimar Azevedo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a migração foi registrada tanto nos empregos de carteira assinada como aqueles que não possuíam tal benefício. Além disso, ele também destaca que os destinos dessa imigração de empregos são postos com qualidade de emprego inferior aquele com carteira assinada e também com renda mais baixa.

A grande preocupação em torno desse acontecimento é, sem sombra de dúvidas, a queda na renda. O rendimento dos trabalhadores brasileiros em 2015 foi de R$ 1.944, levando em consideração os descontos causados pelo efeito da inflação. Apesar de a mudança ter sido pequena em relação a 2014, que registrou R$ 1.947, ainda sim este é um grande impacto, segundo Cimar Azevedo. O coordenador destaca que esse impacto é significativo, haja vista o trabalho informal não oferecer as mesmas garantias e benefícios que o já tradicional emprego com carteira assinada.

A migração para os postos informais não é a única preocupação do coordenador do IBGE. Outro fator que pode colaborar com péssimos resultados para 2016 é o atual momento do mercado de emprego em relação às pessoas que já se encontravam no desemprego. Com um mercado saturado, essas pessoas não conseguem emprego e acabam colaborando para o aumento do número de desocupados.

Por Bruno Henrique

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