Juros foram mantidos em 14,25% ao ano

Copom manteve a taxa de juros em 14,25% ao ano, e com isso ela é a mais alta desde julho de 2006.

Em reunião na última quarta-feira, 21 de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco do Brasil decidiu manter os juros em 14,25% ao ano. Trata-se de uma decisão muito importante, haja vista o atual cenário econômico do nosso país que é marcado por recessão e inflação alta. A decisão em si foi tomada de forma unânime, dessa forma, a taxa não deve ser alterada até dezembro, data da próxima reunião.

Dessa forma, a taxa de 14,25% ao ano é a mais alta desde julho de 2006. Apesar disso, a expectativa de grande parte dos analistas do mercado financeiro era de que, de fato, o Banco Central manteria a taxa em alta.

Para aqueles que não sabem, a política econômica em relação à alta ou a manutenção da atual taxa de juros está diretamente relacionada com a tentativa por parte do Banco Central de controlar o crédito e o consumo. O grande objetivo é segurar a inflação, bem com os seus efeitos.

Porém, tudo tem as suas consequências. A elevação das taxas de juros acaba tornando o crédito e o investimento mais caros. Sendo assim, tal medida influencia diretamente de forma negativa no nível de atividade da economia do nosso país, trazendo assim baixas nos empregos.

Além disso, após o final de reunião o Banco Central divulgou uma nota oficial onde deixa claro que a inflação só deve voltar à meta estabelecida no ano de 2017. No comunicado oficial o BC destaca “a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”, que se trata da definição dos juros que visam conter pressões inflacionárias. O período para o chamado novo horizonte é de 24 meses, ou seja, a inflação só deve ser controlada em 2017. Vale ressaltar que a metal central é de 4,5%.

Um detalhe importante é que até tal reunião o BC venha firmando veementemente que o IPCA iria conseguir fechar o ano de 2016 na meta central, ou seja, 4,5%. Entretanto, tal expectativa acaba de ser descartada.

Por Bruno Henrique

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