Quando confiamos em “guardar” nosso dinheiro na poupança de algum banco ou fazer algum tipo de investimento nele, é porque se considera ser o lugar mais seguro para que o fruto do trabalho seja depositado. No entanto, nunca ficou tão caro pagar por toda a confiança que os bancos têm para oferecer aos seus correntistas. A prova disso é que os serviços que essas instituições financeiras prestam aos clientes, que são cobradas com o nome de tarifas, receberam um reajuste de até 169%.
Trazendo essa informação para o dia a dia de quem usa banco para fazer suas transações financeiras, significa dizer que vai ficar bem mais caro para o correntista tirar extrato de conta via papel; fazer transferências, realizar pagamentos de contas básicas pelo automático; obter emissão de talão de cheques, entre outros serviços.
Quanto mais complexa for a transação financeira que você for fazer no banco, mais se aproximará de chegar a pagar esse reajuste de 169% sobre as tarifas bancárias.
Para a razão desse aumento não há mistérios: simplesmente eles querem ter uma maior lucratividade em cima do que cada cliente realiza, seja nas agências ou pelos terminais bancários.
O que os economistas ficam assombrados é com um reajuste de 169% que está acima da inflação em até oito vezes e também bem acima do IPCA, numa variação de 19,63%.
Claro que o Banco Central regula as cobranças de tarifas feitas pelos bancos, no entanto, todos os correntistas têm direito a alguns pacotes gratuitos. Já em contrapartida, os bancos ficam livres para cobrar a taxa que quiserem sobre os outros serviços.
Importante salientar que não são as tarifas as fontes de renda dos bancos, mas é inegável o quanto elas colaboram com as lucratividades estratosféricas dessas instituições.
De acordo com consultores econômicos, as tarifas foram responsáveis pelo crescimento financeiro na ordem de 14,30% do Bradesco; de 11,1% do Itaú e de 9,1% da lucratividade do Banco do Brasil.
A lógica segue sendo essa: nosso dinheiro continua depositado; necessitamos dos seus serviços e eles continuam, como sempre, obtendo lucratividades recordes com isso.
Por Michelle de Oliveira
Foto: Divulgação
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