Dívida pública federal voltou a crescer em agosto

Em agosto foi registrado um aumento de 3,16% na dívida pública federal, ficando em R$ 2,68 trilhões.

Uma notícia nada agradável para a economia do país veio à tona: a dívida pública federal voltou a crescer. Vale ressaltar que a dívida pública federal inclui os endividamentos interno e externo do governo. A mesma registrou aumento de 3,16% no mês de agosto, portanto, passou para R$ 2,68 trilhões. Esses são dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional.

Dentre os principais fatores que levaram ao aumento da dívida, podemos destacar: apropriação de juros sobre o estoque da dívida brasileira; emissão líquida de títulos públicos, dessa forma, o governo acabou adquirindo mais recursos em relação ao pagamento de dívidas já existentes; alta do dólar, haja vista a dívida externa ser contabilizada na moeda norte-americana.

É importante destacar que o mês de agosto registrou a emissão de R$ 66,11 bilhões em papéis da dívida federal, ou seja, o governo pegou emprestado toda essa quantia. Em contrapartida, foram pagos apenas R$ 20,67 bilhões. Portanto, a emissão de papéis da dívida teve grande influência no aumento de 3,16% da dívida pública federal. Sendo assim, tivemos uma emissão líquida de R$ 45,44 bilhões. Outro detalhe interessante está relacionado às despesas com juros, haja vista tais despesas terem totalizado nada menos que R$ 36,89 bilhões.

Como foi destacado nesta matéria, a alta do dólar foi um dos grandes vilões para o aumento da dívida pública federal. O grande impacto do aumento da moeda norte-americana é justamente na dívida externa que subiu R$ 5,5 bilhões, pois a mesma é medida em dólar.

Um detalhe importante é que através da programação para 2015, a Secretaria do Tesouro Nacional destacou que a dívida pública federal chegaria a um patamar máximo de R$ 2,6 trilhões. O anúncio foi feito no início de 2015. Porém, os números mostram que esse patamar já foi batido. Com isso, o órgão apresentou uma revisão do teto e o aumentou para R$ 2,8 trilhões.

O governo se defendeu em relação a grande quantidade de papéis da dívida em agosto de 2015. Segundo o governo, as dificuldades na economia internacional aliadas ao atual cenário econômico brasileiro contribuíram para a tal demanda em relação aos papéis da dívida.

Por Bruno Henrique

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