A agência Standard & Poor’s apontou na última quinta-feira (dia 10), que o Brasil precisa demonstrar consistente e sólido comprometimento para que possa reverter a sua situação e voltar a ter um grau de investimento positivo. Para eles, a combinação de um bom ambiente político e medidas para que o país possa voltar a crescer são fatores chamados de questões desafiadoras.
Ainda segundo a agência, para que o Brasil saia da atual situação, o ministro da Fazenda Joaquim Levi, deve implementar corretamente as medidas do ajuste fiscal e conseguir reverter o déficit primário registrado para o orçamento de 2016.
A agência diz entender que o Governo está trabalhando para reverter a sua situação econômica, mas acredita que ainda existam riscos causados pela instabilidade do congresso nacional e também pela deterioração econômica do país. Segundo eles, os riscos estão bem revelados, “em cima da mesa”.
Quando foram questionados sobre a possibilidade de uma segunda queda do país, os especialistas afirmaram que uma grande decisão já foi tomada (rebaixar o Brasil para grau especulativo) e que é preciso avaliar as decisões importantes que serão tomadas, para só então avaliar novamente a situação do Brasil. Os especialistas também não deram prazos para uma nova avaliação da nota de risco do Brasil.
A S&P afirmou também que para chegar à decisão final sobre a nota de risco do Brasil, levaram em conta toda a situação econômica do país, não somente a crise no Governo. A agência elogiou a investigação da corrupção atual no Brasil, já que mostra que o Brasil tem uma política institucional forte. Ela acredita que o bom andamento das investigações pode ser um dos caminhos para trazer de novo uma boa avaliação para a nota brasileira.
A agência ainda avaliou positivamente as medidas tomadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levi, e disse que muitas outras opções podem ser implementadas, seja de forma temporária ou estrutural, mas que está avaliando a combinação dessas decisões para repensar a nota dada ao país. Quanto mais cedo as ações forem implementadas, melhor a impressão transmitida para agência, e mais rápido recuperaremos a nota de crédito perdida.
Parece que o futuro da economia brasileira, mais do que nunca, está nas mãos de Levi.
Por Patrícia Generoso
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