Oficialmente em recessão, a economia do País vai ainda enfrentar muitos altos e baixos e se ouve que entre o 3º e 4º trimestre do ano ainda chegue ao fundo do poço. Considerando a situação atual, o País está em "recessão técnica", pois o indicador do PIB (Produto Interno Bruto) registrou números negativos por dois trimestres seguidos – no primeiro trimestre houve uma queda de 0,7% e no segundo a marca de 1,9%. Esse último resultado é o mais alto desde 2009, quando o PIB também atingiu esse número.
Estima-se que no 3º trimestre a retração do PIB deva ser menor, o que não significa uma rápida recuperação, uma vez que a conjuntura do País está representada por aumento no desemprego, falência de empresas, alta no dólar, queda na produção das indústrias e comércio enfraquecido. Mas há ainda outros fatores e enquanto esses não se ajustarem, o País fica desestabilizado financeiramente. Esses fatores são a atual crise política e os ajustes na economia. O grande problema está na identificação real do que depende de quem. Enquanto houver crise política e incertezas nas definições da economia, tudo fica retraído e enquanto está tudo retraído fica difícil da crise política estabilizar.
O povo brasileiro vê todos os dias os meios de comunicação anunciando que o governo está tomando providências para conter a inflação e reequilibrar as contas públicas. Mas esse reequilíbrio, em grande parte, afeta a vida financeira do cidadão e, consequentemente, afetará o comércio – ver como exemplo o não pagamento do abono salarial PIS de parte dos brasileiros, para ajustar as contas públicas.
De acordo com assessores presidenciais, o governo estava preparado para a retração, só não esperava que fosse nessa proporção, tendo inclusive, derrubado a taxa de investimento, o que dificulta ainda mais a recuperação. O passo mais certeiro agora é o governo recuperar a confiança de investidores e empresários, para que cresça novamente o investimento e que a retração do 3º trimestre seja bem menor de verdade.
Por Elia Macedo
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