A crise econômica parece ter se instalado confortavelmente e sem previsão de ir embora. O brasileiro já sente no bolso há alguns meses que chegou aquele momento em que o caminho mais seguro é "apertar os cintos". Para coroar esse momento de instabilidade, os juros bancários em operações de pessoa física continuam a subir e em julho bateram um recorde da série registrada pelo Banco Central.
A elevação das taxas de juros para pessoas físicas tem a sua sétima alta consecutiva e o juro bancário subiu mais que a taxa básica, a taxa Selic – que é um índice que o Banco Central fixa a cada 45 dias, com o objetivo de tentar conter a inflação.
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito também subiu em relação a junho – o crédito rotativo é aquele saldo que fica quando o cliente paga somente parte da fatura e o restante volta no próximo mês, recalculado. O crédito rotativo é o que forma a famosa 'bola de neve' e que muitas vezes acaba se transformando em inadimplência, uma vez que a fatura seguinte vem como se pagamento nenhum tivesse sido feito. Considera também crédito rotativo o saque na função crédito.
A taxa de juros do cheque especial – outro vilão das finanças pessoais – subiu 5,6% de junho para julho. Compras parceladas com juros tiveram uma alta de 1,3 ponto percentual. A taxa de empréstimos subiu 1,1 ponto percentual e a taxa de juros para o empréstimo consignado subiu 0,50 ponto percentual.
Com os bancos elevando suas taxas ao consumidor de maneira mais intensa, o consumidor deve organizar-se e frear um pouco o uso de limites de cheque especial, cartão de crédito e operações com juros. O índice de inadimplência teve um leve aumento de junho para julho, mas com os juros aumentando e se o consumidor não se conscientizar de que esse é o momento em que precisa controlar a sua vida financeira, a situação só tende a piorar.
Por Elia Macedo
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