Economia brasileira está em um período de recessão técnica

IBC-Br também apresentou queda no 2º trimestre deste ano.

A economia brasileira teve mais uma queda entre abril e junho deste ano, logo após passar todo o primeiro trimestre em baixa. Os números divulgados pelo Banco Central no dia 19 de agosto apontam para um período de recessão técnica, que se caracteriza pelos dois trimestres seguidos com o Produto Interno Bruto em recuo. Até o chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que funciona como uma “prévia” do PIB sofreu uma redução durante o segundo trimestre deste ano, quando comparado com os três meses passados. A variação foi registrada logo após um ajuste sazonal, ou seja, feito de acordo com cada época do ano.

Nos três primeiros meses do ano, a economia já tinha sofrido uma redução de 0,88%, segundo dados registrados pelo IBC-Br, e de 0,2% de acordo com o IBGE. O PIB é a soma de todos os bens e serviços do País e é usado como forma de medir a evolução da economia brasileira. Mas o resultado do PIB só será divulgado oficialmente no dia 28 de agosto. A previsão do mercado brasileiro é de 2% neste ano e 0,15% para o próximo ano. A série histórica do IBGE registrou que a economia brasileira entrou pela última vez oficialmente em recessão no início do ano de 2009, quando o PIB teve uma redução de 2,2% no primeiro trimestre daquele ano, logo após sofrer uma retração de 4,1% nos três últimos meses do ano anterior.

Também contribuíram para a crise financeira no Brasil, a crise internacional, que foi marcada pela quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008.

Tentativa de sair da crise:

Com o sistema de metas de inflação atualmente vigorando no Brasil, o Banco Central precisa ajustar os juros para chegar à meta. Quanto maior a taxa, menos consumo e consequentemente os preços abaixam ou se estabilizam. Para este e o próximo ano, a meta da inflação é de 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA pode chegar a índices entre 2,5% e 6,5% sem descumprir completamente a meta.

Mas para este ano, a previsão ainda é pessimista. Influenciados pelos resultados dos dois primeiros trimestres do ano, tanto o BC, quanto o mercado financeiro acreditam que a inflação ficará acima do teto previsto pela meta, de 6,5%. A previsão do BC é de um IPCA de 9% para o ano e o mercado estima um percentual de 9,32%. A afirmação do Banco Central é de que tem trabalhado para trazer a inflação novamente para dentro da meta no próximo ano.

Por Patrícia Generoso

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