Real desvalorizou 53% nos últimos 12 meses frente ao Dólar

Real desvalorizou 53% frente ao Dólar nos últimos 12 meses, atrás somente de moedas de Países como Rússia e Colômbia,

A desvalorização da moeda brasileira continua a assustar nas pesquisas. Somente nos últimos 12 meses foi de cerca de 53%, ficando atrás somente de dois países: Rússia e Colômbia. O estudo foi realizado pela TOV Corretora. O levantamento analisou um total de 27 moedas.

A queda da Rússia foi de 80,34% e da Colômbia de 59,42%. Do outro lado da análise estão moedas como o Euro, que desvalorizou somente 20,87% e a moeda de Hong Kong, que quase não sofreu desvalorização: somente 0,05%.

Juros altos nos EUA:

O estudo dá destaque para a sistematização da desaceleração da economia global e também para a expectativa do mundo frente a elevação dos juros nos Estados Unidos. A expectativa se dá, pois juros maiores atrairiam recursos que são atualmente aplicados em outros países como, por exemplo, o próprio Brasil. A alta de juros nos EUA motivaria a alta da valorização do dólar em relação a nossa moeda, o que seria altamente preocupante, já que a diferença atualmente já se encontra elevada.

Existe a tese de que alguns países emergentes seriam mais prejudicados com uma alta de juros dos EUA. Os cinco mais frágeis seriam África do Sul, Brasil, Índia Indonésia e Turquia, que enfrentariam um forte fluxo de saída de capital de seus cofres, podendo enfrentar sérias dificuldades.

A corretora analisa que se houver uma alta de juros ainda este ano nos EUA, a valorização do dólar seria uma consequência, e a economia global, que já anda a passos lentos, poderia sofrer uma queda ainda maior, levando inclusive os EUA a uma nova queda do PIB.

Medidas extremas na China:

Segundo o estudo, a China teve uma desvalorização de 4,01% no último período de 12 meses, ocupando a 26ª posição. O país inclusive teve espaço nos noticiários na última semana, pois usou a estratégia de desvalorizar sua moeda frente ao dólar, como forma de manter a sua competitividade no mercado internacional. Algumas estratégias utilizadas pelo país conseguiram fazer a moeda cair 4,5% no acumulado, entre terça e quinta-feira passadas (11 a 13/08).

Segundo a corretora, quando um país depende de suas exportações, acaba por ter riscos maiores, pois fica muito mais vulnerável à medida que a economia global mexe com seus saldos externos já em queda e as suas moedas sofrem desvalorização frente ao dólar.

Por Patrícia Generoso

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