Na primeira semana de agosto de 2015 tivemos registrado a expectativa do mercado financeiro para a inflação de 2015. O resultado é negativo pela décima sexta semana consecutiva. Saiba que a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do Brasil, saltou de 9,23% para 9,25%. O resultado é bastante preocupante, haja vista o grande número de semanas que já vêm acumulando aumentos sucessivos. A atual previsão está bastante acima do teto previsto pelo Governo Federal.
Além disso, é importante destacar que se a atual previsão for confirmada teremos nada menos que a maior inflação desde o ano de 2003. Na ocasião a inflação atingiu o patamar de 9,30%. Apesar do novo aumento quanto a previsão da inflação para 2015, o índice de 2016 conseguiu se manter em equilíbrio no patamar de 5,40%. Esse é um índice bastante importante e muito confiável, haja vista ser resultado do relatório de mercado do Banco Central e em conjunto com pesquisa que conta com mais de 100 instituições financeiras.
Dentre os principais vilões para o aumento da inflação está o aumento do dólar, segundo destacam os economistas do mercado financeiro. Além disso, tarifas de telefonia, água, energia elétrica, combustíveis e passagem de ônibus também contribuíram bastante para o aumento da previsão da inflação para 2015.
Um detalhe bastante interessante é que levando em consideração as atuais regras vigentes no país, a meta central para a inflação de 2015 e 2016 seria de 4,5%, algo bastante abaixo da realidade. No entanto, temos que destacar o intervalo de tolerância que permite uma oscilação de 2,5% a 6,5%. Portanto, esse intervalo permite que a meta destacada não seja descumprida, formalmente falando. De qualquer forma é esperado que 2015 registre inflação acima da meta, algo inédito desde 2003.
Enquanto o índice da inflação aumenta, a expectativa do PIB decresce a cada mês. Com isso, os economistas do mercado financeiro preveem uma retração no Produto Interno bruto de 1,80%. Com essa nova expectativa, tivemos registrada a terceira queda sucessiva.
Por Bruno Henrique
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