Os juros básicos no Brasil tiveram uma alta, indo de 13,75% para 14,25% ao ano e os aumentos não param por aí, pois até esta semana poderá ser anunciado mais um aumento, de pelo menos mais 0,50 ponto percentual, conforme informou o COPOM – Comitê de Política Monetária.
Já foram 7 elevações da taxa Selic, fazendo com que ela atingisse seu maior patamar desde julho de 2006, quando chegou a 14,75% ao ano. Se o COPOM anunciar na próxima semana, um aumento na taxa básica de juros de mais 0,50%, a taxa vai igualar à de 2006.
O COPOM, além de anunciar que os juros básicos da economia ainda podem subir mais um pouco nesta semana, também informou que este deverá ser o cenário para os próximos meses, não havendo nenhuma perspectiva de redução nos juros básicos, pelo menos até o próximo ano. Para o comitê, a manutenção da taxa básica de juros neste patamar por um período prolongado é necessária para que até o final de 2016 a inflação possa ser decretada como totalmente controlada.
Agora, tendo que conviver com uma alta nos juros, o Banco Central vem tendo muito trabalho para conseguir controlar o crédito e também o consumo, no intuito de conseguir segurar a inflação que este ano tem se mostrado como uma das mais difíceis de serem controladas.
O lado ruim de toda esta história é que aumentando os juros, o país vai registrar um baixo nível de atividade econômica, assim como poderá aumentar o número de demissões.
Para os economistas mais experientes, os juros deverão chegar ao final de 2015 a 14,25% ao ano e já a partir do início do próximo ano, deverão começar a cair lentamente, até mesmo para que o mercado possa ser analisado com mais calma e vá se adaptando aos juros mais baixos sem nenhuma surpresa que venha a comprometer novamente o controle da inflação.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB encolheu 0,2% e o desemprego em junho avançou para 6,9%. Os juros altos atrapalham novos investimentos e este quadro poderá agravar ainda mais, levando o país até mesmo a uma recessão.
Por Russel
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