Alta na inadimplência das empresas no 1º trimestre de 2015

Fraco desempenho da economia afetou a alta na inadimplência das empresas.

Mais uma notícia que mostra que não estamos nos nossos melhores dias em matéria de economia.

A crise que estamos enfrentando tem causado sérios danos ao mercado financeiro, atingindo não somente o trabalhador, mas  também as  empresas.

De acordo com a Serasa Experian, o número de empresas inadimplentes aumentou no primeiro trimestre de 2015.

O crescimento das empresas inadimplentes teve um aumento de 12,1% comparado ao mesmo período no ano de 2014, é o maior percentual nessa comparação com 2012 onde o índice foi de 21,1% no mesmo período.

Os economistas acreditam que essa alta tem a ver com o fraco desempenho da economia que está  prejudicando grandemente a  geração de  caixa nas empresas,  dificultando principalmente as  micro empresas, fazendo com que elas  tenham muitas  dificuldades e assim provocando  a elevação dos  índices de inadimplência.

Tudo isso vem de uma série de investimentos realizados ainda no final de  2014, onde os micro empresários investiram na  compra  de matéria prima para iniciar o ano de  2015 com seus estoques  cheios visando um bom início de ano.

Mas como todo início de ano, os brasileiros entram em férias, fazendo suas viagens, e logo em seguida tem o carnaval, que fez com  que os investimentos realizados  não gerassem o lucro esperado, fazendo  com que as micro empresas amargassem com suas  dívidas, gerando assim a  inadimplência tão elevada que  estamos  vendo nesse primeiro trimestre do ano.

O Serasa Experian afirma que  todas as modalidades  da inadimplência tiveram alta, as  dívidas não bancárias, como cartões de créditos, financeiras, lojas em geral, e prestadoras de  serviços como telefonia,  energia  elétrica e água.

Os bancos tiveram um crescimento de 2,7% e 3,5% na inadimplência e contribuições 1,1 ponto percentual e 0,7 ponto percentual, respectivamente.

Título protestado e cheque sem fundos apresentaram um alta  de 29,5% e 20,6% no qual contribuíram para a elevação do índice de  março de  2015.

Por André Escobar

Foto: Divulgação

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