As projeções do PIB e da inflação vão continuar a ser questões problemáticas para a economia brasileira em 2015. Economistas de instituições financeiras voltaram a fazer projeções assustadoras, reafirmando o triste cenário para a política monetária para este ano.
Uma pesquisa realizada pelo Focus do Banco Central divulgada no dia 23 de fevereiro, segunda-feira, mostrou que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 diminuiu pela oitava semana seguida, chegando a uma contração de 0,50%, afirmando uma queda de 0,42% ante ao levantamento anterior.
Com um grande peso em relação à atividade, a indústria terá uma perspectiva de recuo, passando de 0,35% para 0,43%. Outros fatores determinantes para o resultado do estudo são os preços cada vez mais altos de bens de consumo e alimentos, além do risco de racionamento de energia elétrica e água.
A inflação também mostra que o país tem dificuldade em mostrar uma recuperação, gerando um panorama de confiança abalado. A projeção no Focus é de alta de 10,4%, sendo este 0,4% superior ao estudo realizado na semana anterior. Levando em consideração à alta do IPCA neste ano, a pesquisa também mostrou a oitava piora seguida neste ano. O estudo projeta um avanço de 7,33% ante 7,27% na semana anterior.
Com este cenário, os especialistas sustentaram que a Selic encerrará 2015 a 12,75%. A projeção é de alta de 0,5% referente à taxa básica de juros, que está cravada atualmente em 12,25%. Os dados são do Comitê de Política Monetária (Copom).
Apesar da notícia, em 2016 a projeção para o PIB permanece com o aumento de 1,5%. Contudo a expectativa de avanço do IPCA será de 5,6%, representando uma alta de 5,5% dos preços administrados. Até o momento a projeção permanece a mesma. Já a Selic se mostrou mediana de acordo com as projeções para o ano que vem, podendo encerrar o ano 11,50%.
Por Ana Rosa Martins Rocha
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