Crise no abastecimento pode impactar no setor econômico

Conforme uma análise realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi verificado que pode suceder um racionamento que atingirá o setor econômico do país, que abrangerá até mesmo o comércio. Devido a isso a CNC concluiu que é essencial que o governo intervenha para impedir que se agrave ainda mais esta situação.

Segundo Ernane Galvêas, consultor econômico da CNC e ex-ministro da Fazenda, o calor exaustivo juntamente com a ausência de chuvas está afetando o fornecimento de água e de energia elétrica na região Sudeste. Principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para ele, esta crise de fornecimento pode interferir também no setor de investimentos necessários no progresso da economia.

Galvêas também afirmou que a incerteza no abastecimento de energia pode prejudicar a retomada dos investimentos econômicos no próximo semestre de 2015. Como consequência disso irá diminuir a arrecadação de tributos federais e afetará os resultados da política de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda. Segundo ele, o Brasil poderá chegar ao racionamento de energia.

Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da CNC também afirma que é essencial que o governo interfira para resolver este problema. Segundo ele, é importante estimular os varejistas e shoppings para que adquiram geradores, buscando assim uma diminuição no gasto de energia.

De acordo com Alexandre Sampaio, presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), a falta de energia atingirá o rendimento dos hotéis e restaurantes do país. Isto sucederá devido às elevadas temperaturas dos locais de turismo, o preço do gasto de energia aumenta o valor operacional, o que comprometerá o orçamento deste ano, que não apresenta boas expectativas.

Conforme os dados da CNC, estas esferas correspondem por um quarto no PIB brasileiro. A CNC tem uma abrangente representação no país atuando em torno de 2,2 milhões de empresas na área de comércio de serviços, turismo e bens.

Por Felipe Couto de Oliveira

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