Dólar está desvalorizando e poderá chegar a R$ 3,00 no final de 2015

O corte de gastos imposto pelo novo ministro da Fazenda Joaquim Levy, com o objetivo de fazer caixa para alcançar o superávit primário esperado pelo mercado, parece já surtir efeito no câmbio, pois o dólar está se desvalorizando e o real começa a subir de preço. Especialistas dizem que até o final do ano poderá chegar a R$ 3,00.

Com o objetivo de ganhar confiança do mercado financeiro – há quem leia-o como investidores, outros como especuladores – a equipe econômica do governo, isto é, o presidente do Banco Central (BC), o Ministro do Planejamento e, principalmente, o Ministro da Fazenda, tentam “arrumar” as finanças públicas para garantir o pagamento dos juros da dívida e, com isso, a credibilidade do país frente ao capital externo.

Na projeção do Goldman Sachs (www.infomoney.com.br) para fazer frente à valorização da moeda americana que deve ficar entre R$ 2,90 e R$ 3,00 até o final do ano é necessário que a Selic chegue a 15% para poder “controlar” a inflação e conduzi-la ao centro da meta do governo de 4,5% em 2016.

Para tanto, a Instituição prevê que nas próximas reuniões, o Comitê de Política Monetária (COPOM) deverá aumentar progressivamente a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, fechando 2015 com até 13%.

O que os analistas e o Joaquim Levy não contabilizaram ainda é que o custo de perseguir um superávit para agradar ao mercado, num momento em que o mundo sofre crise e desaceleração, tendo que introduzir políticas dequantitative easy (QEs), é caro demais para o Brasil.

Os juros altos inibem diretamente investidores diretos (empresários da produção, por exemplo) e consumidores reduzem os empréstimos. Mas, a maior preocupação é de fato com a indústria especificamente. O real valorizado estimula o aumento de importados por parte dos consumidores. Ao mesmo tempo, prejudica a exportação que se torna mais cara por causa da moeda.

Como resultado, a indústria brasileira que já não anda bem pode ficar em situação pior. E outros setores, além do automobilístico, podem sofrer consequências e demissões que afetarão a renda, o consumo e em geral a economia.

Por Roberta Lima

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