Ações da Petrobras correm o risco de baixa pelo escândalo de corrupção

A Fitch, agência de risco, responsável por avaliar as condições financeiras de empresas com ações no mercado financeiro mencionou na terça-feira que a empresa brasileira de petróleo e gás – PETROBRAS corre risco de rebaixamento de sua boa aplicabilidade devido ao escândalo da Petrobras.

Segundo a agência de rating, o escândalo de corrupção pode afetar a credibilidade e a produção da empresa, como relata o jornal “A Cidade”.

No entanto, é importante lembrar que esta agência, assim como a Moody´s e a S&P (Standard and Poor), são apenas empresas de classificação de risco, cujo principal objetivo é garantir os menores riscos aos investidores financeiros que em sua maioria tem maior interesse não no investimento direto das empresas, mas, na especulação do mercado de ações.

O que importa para definir o real valor da PETROBRAS é efetivamente sua condição de produção física e, esta, até o presente momento, não foi afetada. A empresa continua sua produção física de petróleo e gás, os empregos, as plataformas, etc. Logo, a PETROBRAS não teve seu valor alterado. O que está em questão para as empresas de risco e para os especuladores é o valor de mercado que normalmente é fruto da especulação, fazendo o “preço” de uma empresa ultrapassar o seu real valor. Por isso, quando ocorrem movimentações e notícias como o escândalo da PETROBRAS ou as más informações como no caso das empresas “X” o valor no mercado financeiro pode sofrer alterações.

Porém, a PETROBRAS, ao invés das empresas “X”, possui sólida produção física e possibilidades de ampliar sua produtividade. O movimento de compra e venda do mercado acionário não afeta diretamente o real valor da empresa, a menos que seus ativos estejam mau aplicados. Ao que tudo indica a possível desvalorização da PETROBRAS não passa de outra especulação.

Apenas ocorrerão implicações na PETROBRAS se algo afetar sua produção ou produtividade. Um exemplo disso é a desvalorização do preço do barril de petróleo, a produção física, que vem acontecendo no mundo. Se o barril ficar abaixo dos US$ 70,00, aí sim, não somente a PETROBRAS como todas as produtoras do bem sofrerão impactos.

Por Roberta Lima

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