A eleição presidencial tem a capacidade de trazer à tona reflexões até então nunca vistas na grande mídia. Para além das famigeradas polêmicas sobre aborto, legalização da maconha e bolsa família, o assunto que ganhou grande repercussão foi de cunho majoritariamente econômico: a autonomia do Banco Central (BC).
Mas a primeira pergunta que surge é: o que isso quer dizer? Posteriormente, questiona-se: isso é bom ou ruim? Por fim: vai mudar alguma coisa na minha vida?
Para os leigos, comecemos pelo começo. Foi a candidata Marina Silva (PSB) quem propôs conceder autonomia ao Banco, mediante lei. Basicamente, o BC é o responsável pelo sistema financeiro da nação. Ele auxilia, por exemplo, no controle da inflação ao controlar as emissões de papel-moeda e suas condições de circulação, como a taxa de juros, de crédito, de poupança e de câmbio. Os juros do seu cartão de crédito, por exemplo, estão intimamente ligados a isso. Todos esses fatores caminham no sentido de estimular ou frear a economia.
A autonomia do BC significaria, em suma, que o Estado interferiria menos na Economia. Sem precisar utilizar nomes de autores clássicos ou termos rebuscados, podemos afirmar que a proposta caminha no sentido de deixar o mercado se autorregular, já que o Poder Executivo (os políticos) estaria impedido de intromissões legais. Isso tranquilizaria o mercado, já que a entidade ficará livre de pressões políticas e eleitorais, em tese.
Por outro lado, muitos economistas argumentam que é o governo democraticamente eleito que deve tomar as rédeas da política econômica da nação. É o Estado que tem o direito de definir os principais rumos da economia do país, e não os técnicos financeiros. Além do que, na prática, não há garantias de que a inflação e os juros cairiam, nem de que os técnicos estariam tão isentos de pressões externas do mundo político.
A última pergunta proposta é a mais fácil de ser respondida: essa discussão influencia, sim, a vida de todos nós, brasileiros. Alguns em maior escala e outros em menor. Ter uma breve noção do que tudo isso significa é o primeiro passo para uma reflexão mais profícua.
Por Renan Milaré Olívio
Foto: Divulgação
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