A recente tragédia que atingiu o PSB, com a morte do candidato à presidência, Eduardo Campos, há quase um mês, abalou as estruturas políticas do país. Não apenas pela tragédia em si, mas porque os rumos das eleições foram totalmente modificados a partir do fato.
Não se pode dizer que o então candidato estivesse com as eleições ganha, já que se encontrava em 3º lugar nas pesquisas eleitorais. No entanto, sua terrível morte possibilitou a ascensão de alguém que já nem esperava muito dessa campanha, Marina Silva.
Marina, que conquistou votos e carisma na campanha eleitoral de 2010, pelo PV, tentou fundar um novo Partido para a campanha de 2014, o Rede Sustentabilidade, com propostas ecológicas e sociais. Mas o objetivo não foi consolidado por indeferimento junto ao TSE.
É obvio que Marina não esperava acontecer tamanha tragédia, mas esse fato lhe possibilitou somar apoiadores dentro e fora do país para que agora concretizasse o desejo de ser presidente do Brasil.
Com o discurso de nova política, Marina tem aparentado ser diferente dos demais principais candidatos a República, Dilma Rousseff e Aécio Neves. Entretanto, o programa de Marina está mais para uma “nova velha política”.
Desde que finalizou seu programa de governo, críticas e acusações de plágio têm sido constantes. As influências de medidas conservadoras em muitos quesitos; sociais e econômicos provocam alerta e desconfiança de muitos, exceto dos grupos que tendem a se beneficiar com suas propostas.
A forma pela qual Marina pretende conduzir a economia, por exemplo, tem agradado a empresários, banqueiros e especuladores financeiros. Não é à toa que as ações, na bolsa de valores, subiram mais com a perspectiva de sua vitória do que com a de Aécio. Isso porque sua percepção nada difere das ações do PSDB; independência do BACEN, políticas austeras para controle inflacionário e estímulo aos grandes capitais, contradizendo até mesmo seus antigos ideais. Já a chamam de Aécio de saias.
Ainda por cima, seu discurso comprometido e contraditório ganha as classes mais conservadoras e despolitizadas do país.
Por Roberta Pereira de Lima
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