No dia 20 de fevereiro o dólar fechou em queda. Isso aconteceu devido ao anúncio das metas fiscais do governo, que foi elogiado por investidores e especialistas. A meta fiscal foi de aproximadamente 1,90% do Produto Interno Bruto (PIB) ou R$ 99 bilhões. Já o mercado estipulava um valor entre 1,8% e 2,0% do PIB. Alguns ministros dizem que a consolidação fiscal irá contribuir para o crescimento e a queda significativa da inflação. As metas estão baseadas em projeções e parâmetros realistas e conservadores.
A chefe de ratings soberanos para América Latina da Fitch, Shelly Shetty, afirmou em nota que o governo deve cortar gastos públicos. “O governo está buscando ancorar melhor as expectativas no que diz respeito à política fiscal”. “A meta fiscal do Orçamento está baseada em uma projeção mais realista, embora levemente otimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano”, disse.
Muitos analistas alertam sobre as metas, que podem não ser alcançadas no período. “O número integral não será entregue. As despesas deverão ser contadas em R$ 30 bilhões e o resultado primário fechará 2014 entre 1,3% do PIB. Se descontarmos as receitas não recorrentes (concessões) e os dividendos previstos, chegaremos a um primário previsto da ordem de 0,6% a 0,8% do PIB para 2014, igual ou superior ao obtido em 2013 (0,6% do PIB)”, segundo a consultoria Tendências, em uma matéria publicada em seu site.
Já a diretora de ratings soberanos da Standard & Poor’s Lisa Schineller, em entrevista a uma agência internacional de notícias, disse que quaisquer metas seriam importantes para um superávit primário. A S&P não olharia somente para um número, e sim para a capacidade do governo atingi-la. No final do dia, o dólar recuou 0,75%, cotado a R$ 2,3740. Segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa, o valor do giro financeiro à vista era de US$ 1,059 bilhão.
Por Danilo Gonçalves
Foto: Divulgação
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