Na última quarta-feira (15), as ações europeias fecharam em alta e atingindo as máximas, fato este que não ocorria desde 2008, quando foi deflagrada a crise econômica europeia e mundial. De acordo com os índices da FTSEurofirst 300, a principal agência que reúne os principais papéis do continente europeu, os índices chegaram a 1,01% alcançando os 1339 pontos.
A alta foi influenciada pelas ações dos bancos europeus que foram contemplados com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) que, em comunicado, anunciou a decisão de não obrigar aos bancos europeus a ajustarem seus portfólios de dívida soberana junto ao mesmo até o vencimento de suas contas. Os mercados também foram animados pelos fortes sinais dados pelo Banco Mundial, que vê um cenário de crescimento e melhora nos indicadores econômicos de uma forma global e maior neste ano.
Em contrapartida o cenário das ações nacionais não tem acompanhado o otimismo europeu. O principal índice da Bovespa fechou no vermelho, abaixo da linha dos 50000 pontos, influenciada pelas baixas das ações norte-americanas e pela baixa das ações da Petrobrás. A queda das ações da Petrobrás foi motivada pelo clima negativo depois que o Governo negou o acordo sobre um novo reajuste dos preços dos combustíveis.
Outro dos fatores que influenciaram na queda das ações da Bovespa foi a alta da taxa básica de juros, a taxa Selic, que pesou em alguns dos setores da bolsa, tais como o de construção. Diante da leitura de que o Banco Central está mais comprometido em combater a inflação e a taxa Selic é a válvula reguladora, a mesma para a bolsa de valores torna os ativos mais arriscados e com isto proporcionando menos atrativos aos investidores. Outro setor que contribuiu com fortes influências negativas sobre o Ibovespa foram os bancos, o Bradesco e o Itaú Unibanco fecharam em baixa. Enquanto a preferencial da Eletrobrás teve a maior queda do dia.
Por Claudemir Pereira
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