Copom determinou nova alta da taxa Selic

O Comitê de Politica Monetária do Banco Central (Copom) decidiu na última quarta-feira (27) que a taxa Selic será aumentada de 9,5% ao ano para 10%. Esse foi o sexto aumento consecutivo da taxa desde abril deste ano, em que a taxa estava em 7,25%, o menor índice desde a criação do Copom em junho de 1996.

O aumento da taxa não agradou muito às federações e aos trabalhadores no Brasil. Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Industrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), por exemplo, criticou a decisão do Copom e disse que o aumento é um erro.

"Essa política econômica já não funciona mais. Se queremos resultados diferentes, precisamos fazer diferente. O Brasil precisa de um novo foco na política econômica: maior controle dos gastos, mais investimento público, mais concessões e menores taxas de juros", diz ele.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) foi outro órgão que criticou o aumento. Em nota divulgada o presidente da confederação diz que o "Copom mostra que é surdo" e que "não há nenhuma justificativa plausível para o aumento", além de dizer que o comitê está "apenas cedendo às pressões do mercado financeiro e dos especuladores”. 

O aumento da taxa visa ao controle da inflação para que em 2014 ela possa ficar na meta estabelecida, já que com juros elevados o consumo tende a diminuir.

Entenda melhor o que é taxa Selic

É a taxa básica de juros brasileira e serve de referência para toda a economia do país, ela é usada para definir os juros de aplicações financeiras feitas pelos bancos. Vale lembrar que ela não é a taxa de juros que os bancos cobram de seus clientes por empréstimos, pois elas contêm custos, lucro do banco e riscos de não obtenção do valor emprestado. 

Por Tom Vitor de Freitas

Foto: Divulgação

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