O mercado de equipamentos para o setor da construção possui dados recentes para análise, pois segundo o Estudo Sobratema sobre o Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção as vendas deste tipo de insumo teve uma redução de 19% no ano de 2012 enquanto que as vendas de equipamentos da chamada linha amarela teve uma diminuição de apenas 3% em comparação ao ano de 2011 ao passo em que o comércio de rolos compactadores e motoniveladoras teve uma queda de 30% nestes nove meses do ano de 2012.
Este estudo, realizado desde o ano de 2007, considera equipamentos de terraplanagem, compactação, plataformas aéreas, gruas, tratores agrícolas, guindastes, manipuladores telescópicos, compressores portáteis e caminhões utilizados por construtoras.
Segundo Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, esta diminuição nas vendas ocorreu principalmente pela menor quantidade de obras de infraestrutura neste ano de 2012 além da redução nas vendas de caminhões que correspondem a cerca de 40% deste tipo de equipamento para construção.
Apesar destas reduções apresentadas pelo estudo da Sobratema, o setor de equipamentos para construção terá no Brasil um desempenho melhor do que no exterior onde a redução das vendas foi maior do que a vivenciada no país.
Ao considerar as importações deste tipo de equipamento, a pesquisa aponta uma diminuição de 14% em comparação com o mesmo período do ano de 2011 ao lado de uma preferência maior por equipamentos para construção produzidos no Brasil.
Esta opção se justifica por vários fatores como a desvalorização de moedas estrangeiras em decorrência das variações cambiais e o PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do BNDES que concede crédito especial para aquisição de máquinas brasileiras.
Além dos dados atuais, o estudo da Sobratema também mostrou as tendências deste mercado para o futuro com uma estimativa de crescimento de até 20% nas vendas do setor para o ano de 2013 e uma projeção de crescimento médio anual de 10,42% até o ano de 2017.
Esta boa perspectiva no futuro do comércio de equipamentos para construção se deve a questões macroestruturais como aumento de projetos de infraestrutura, evolução positiva da economia brasileira, diminuição dos juros e pelo anuncio do Governo federal de diversas medidas para estimular obras como concessões para produzir ferrovias, rodovias e outros projetos na área da construção.
Por Ana Camila Neves Morais
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Política de Cookies
Quer deixar um comentário?