O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta semana uma medida que deve alavancar as exportações da já bem sucedida indústria do etanol no Brasil.
A legislação norte-americana que prevê o pagamento de subsídios para os produtores de cana-de-açúcar locais, deixará de valer no dia 31 de dezembro. Isso acarreta no corte do imposto de US$ 0,54 cobrado sobre cada 3,78 litros de etanol importado. As informações foram divulgadas na sexta-feira (23/12) em nota publicada no site da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Foram três décadas de rigorosas leis protecionistas criadas para fortalecer a indústria doméstica de etanol, tarifando a entrada do produto importado e, dessa forma, dificultando sua competitividade.
Agora, o maior mercado de combustíveis do mundo está aberto para os produtores brasileiros.
“A indústria doméstica de etanol evoluiu, políticas progrediram e o mercado mudou, fazendo com que este seja o momento certo para o fim dos incentivos”, comentou a organização americana Renewable Fuels Association (Associação de Combustíveis Renováveis) em comunicado oficial.
Para o presidente da Unica, Marcos Jank, este é um momento em que Brasil e Estados Unidos devem trabalhar juntos para a criação de um mercado global de etanol e incentivar o resto do mundo para que produza e utilize mais o combustível, que polui menos do que o petróleo e é considerado uma fonte renovável de energia.
Nos Estados Unidos, a principal matéria prima para a produção do etanol é o milho. Já no Brasil, a cana-de-açúcar é a principal matéria prima para produção do combustível. Juntos, os dois países correspondem por 80% da produção mundial.
Ainda segundo Jank, com o fim dos obstáculos criados pelas tarifas nos EUA, será possível investir em outras fontes de biocombustível e fortalecer ainda mais o setor sucroenergético nacional.
Por Gabriel Spenassatto
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