EUA e Europa – Possibilidades de ocorrer nova Crise Econômica

Os olhos de todo o mundo estão voltados neste momento para as demonstrações de crise na economia de diversos países desenvolvidos. Não há como negar que a instabilidade e a queda nas cotações das bolsas de valores da Europa e dos Estados Unidos, bem como o aumento da provável incapacidade de pagamento da dívida norte-americana tem assustado alguns países (e alguns analistas), pois tudo isso irá refletir, mais cedo ou mais tarde, em todas as nações.

Para se ter uma ideia, somente no começo desta semana já foram registradas quedas tanto no índice Dow Jones (de 5,6%) quanto no índice da Standard & Poor's (6,7%). Além disso, houve queda no preço do petróleo e uma outra acentuada desvalorizações no dólar. Tudo isso – e o que ainda está por vir – levou o próprio presidente do Banco Central Europeu a afirmar que, no conjunto, esta parece ser uma das turbulências econômicas mais graves que a Europa já teve, desde a 2ª Guerra Mundial.

A queda do 'rating” de crédito dos Estados Unidos, antes considerada intocável, é mais um sinal de que nada no mundo da economia anda a passos constantes por tanto tempo. Esse fenômeno certamente levará aquele país a um corte massivo nos seus gastos, pois as perspectivas são de que os EUA trabalhem cada vez mais no sentido de tornar os seus, aproximadamente, 14,3 trilhões de dívida como algo passível de pagamento.

Quando se fala em redução de gastos em qualquer governo, isto pode significar que a economia do ano em curso também sinta o trauma e cresça em menor proporção, o que pode prejudicar a muita gente, desde o trabalhador médio até o executivo de alto escalão. E o Brasil, como será que tem reagido a essas preocupações internacionais?

De acordo com o Ministério da Fazenda, apesar de não sermos imunes (afinal, nenhum país é) à crise, o Brasil está preparado para amenizar seus efeitos. Essa injeção de ânimo foi dada em meio a uma queda nos índices da Bovespa, que naturalmente sentiu os péssimos indicadores europeus, mas de acordo com Guido Mantega, “estamos mais preparados porque temos muito mais reservas do que tínhamos em 2008”. Ou seja, “haverá consequências, mas elas serão minimizadas", concluiu o ministro.

Por Alberto Vicente Silva

Fontes: Agência BrasilNY Times

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