A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi a eventualidade mais aguardada nesta semana por economistas e especialistas. Ao final do ato, anunciou-se alta em meio ponto percentual à Selic, taxa básica de juros da economia. Com isso, o índice anterior de 10,75% passou para 11,25%.
Esse acréscimo tem por base a ideia de frear o crescimento da inflação para, deste modo, se conquistar convergências com as metas do Banco Central. Com esse alçamento, a taxa acordada já é a maior constatada desde abril de 2009.
Dois grandes órgãos não receberam bem a notícia: a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Por outro lado, na concepção de Cristiano Souza, economista do Santander Brasil, essa convenção em torno da Selic é o primeiro ponto de ciclo de ajuste em meio a um ambiente de agravamento da inflação, denotando mudanças.
O Copom, no comunicado, assinalou possibilidade de medidas macroprudenciais em consonância à alta da Selic. Para Otávio de Barros, economista-chefe do Bradesco, é sinal de que poderão ocorrer mais apertos.
Por Luiz Felipe T. Erdei
Fonte: Reuters
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