A decisão do aumento de 0,5% sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) deve gerar opiniões controversas nos próximos dias. Algumas instituições bancárias viram bem a medida, enquanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), por outro lado, como negativa.
Cálculos realizados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) indicam que esse acréscimo tira, ao menos, aproximadamente R$ 3 bilhões dos investimentos das companhias brasileiras e do consumo dos lares em 2011.
Para Abram Szajman, presidente da Fecomercio, a iniciativa dificulta o bom andamento da atividade econômica brasileira por fazer com que os financiamentos se tornem mais custosos, diminuindo, consequentemente, o consumo.
De acordo com a federação, a cada ponto de aumento da taxa básica de juros da economia (1%), os cofres públicos são sobrecarregados em aproximadamente R$ 10 bilhões por ano, ou seja, a subida do índice para 11,25%, contra 10,75% de antes, acarreta aumento de R$ 5 bilhões aos gastos públicos em pagamento contendo juros.
No ano passado, segundo a Fecomercio, os lares brasileiros despejaram R$ 128 bilhões em juros e as empresas, por sua vez, outros R$ 105 bilhões. Somando-se ambos, o valor chega a R$ 233 bilhões, cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). A entidade, como maneira de comparar e elucidar os brasileiros, revela que esse montante é 22% acima de todo o consumo efetivado no varejo na região metropolitana de São Paulo no ano passado.
Por Luiz Felipe T. Erdei
Fonte: Fecomercio (release)
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