A economia mundial tem apresentado instabilidades em meio à guerra cambial sentida nas últimas semanas, tanto que esse foi um dos temas mais aguardados pelas nações envolvidas na cúpula do G20 (grupos das 20 maiores economias e países emergentes) da semana passada. Enquanto isso, no Brasil, os consumidores e empresas se mantêm otimistas, fruto do bom desempenho da nação no referente a emprego, acesso ao crédito e poder de compra.
Informações divulgadas pela Serasa Experian assinalaram, porém, que a demanda das empresas por crédito recuou pelo segundo mês consecutivo em outubro. Conforme dados apurados, o arrefecimento foi de 4,4% na comparação a setembro deste ano, mas houve avanço de 6,9% no confronto anual e 2,5% em relação ao acumulado de 2010 ante período similar de 2009.
Mesmo com essa nova queda, economistas da entidade não creem numa possível mudança da tendência de maior demanda. Em nota, a Serasa avalia que a menor atividade do setor industrial no trimestre passado foi o responsável pelo resultado, tanto que a expectativa é de crescimento para os últimos três meses do ano.
O maior arrefecimento constatado, segundo o portal Terra, aconteceu entre as micro e pequenas empresas, pois responderam por 4,6% de queda, percentagem amplamente superior em comparação às médias empresas (baixa de 0,4%). Nas grandes companhias, diferentemente, houve aumento de 0,6% na busca por crédito.
De janeiro a outubro deste ano as grandes empresas acumularam maior crescimento em comparação aos mesmos dez meses de 2009, de 9,5%, pouco acima dos 7,8% calculados nas micro e pequenas empresas. As médias, por outro lado, acumulam decréscimo de 8,8% na mesma base comparativa.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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