A crise financeira mundial do último biênio continua a alastrar em quase todos os cantos do planeta seus efeitos. Com dificuldades em se recuperar, os Estados Unidos esperam adotar, em breve, novas medidas para o estímulo à sua economia. Os países emergentes, até então otimistas, já começam a se preocupar com os últimos movimentos do mercado, tais como o próprio Brasil, tanto que Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, afirmou existir efeitos colaterais ao país a partir de iniciativas norte-americanas.
Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou nas últimas horas para as implicações desestabilizadoras dos fluxos de capital, além de ter citado a importância da implementação de controles de capital para atalhar um futuro colapso financeiro. Para ele, as nações possuem inúmeras medidas para tal fim, tais como taxas de juros mais amenas, política fiscal mais acabrunhada e acumulação de reservas.
No intuito de elucidar suas ideias, utilizou o exemplo de uma bolha imobiliária nutrida pelo crédito, que por meio de instrumentos de prudência é possível evitar sua formação. Contudo, se o impasse for envolto nos fluxos de dívida sustentando grande alta nos empréstimos com moeda estrangeira para empréstimos desprotegidos, a saída pode abarcar, inclusive, o mencionado controle de capital.
A Ásia voltou a ser o foco das atenções. Em reportagem veiculada pelo Estadão Strauss-Kahn saudou o continente como condutor da recuperação econômica mundial.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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