A nação brasileira apresenta certas peculiaridades em sua economia. Estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelou que a alta carga de tributos sobre o investimento produtivo acarreta em custos de 24,3% do total de um projeto, algo que soa punitivamente às empresas.
Para exemplificar, a Fiesp cita um caso de investimento no valor de R$ 75,7 milhões, que com a tributação aumenta para R$ 100 milhões. A diferença desse montante é intrínseca aos impostos pagos e juros para o pagamento das contribuições recuperáveis, ou seja, aquelas em que uma determina empresa confere e recebe de volta num prazo estipulado.
Segundo o coordenador do estudo, José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec), ao invés de os empresários investirem veementemente, adquirem produtos já prontos, obtidos no exterior. A situação, de acordo com o Estadão, enfraquece a indústria brasileira tornando-a, portanto, menos competitiva, pois somado a todos os fatores já descritos existe a desvalorização do dólar ante o real e a Selic, de 10,75% anuais.
Coelho adverte que para manter uma taxa de desenvolvimento sustentável superior a 5% ao ano, é necessário extinguir os entraves que atalham os investimentos no Brasil.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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