Os discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nem sempre são contra os opositores de Dilma Rousseff (PT), candidata à sucessão presidencial. Parte deles, o que depende do assunto, destina-se a outros países que, por um ou outro motivo, contrariam os interesses brasileiros. Valendo-se novamente da informalidade, o ex-sindicalista atacou um rival de seu colega Hugo Chávez: Estados Unidos.
Durante cerimônia de inauguração de oito usinas termelétricas à biomassa de cana-de-açúcar em 27 de setembro, segunda-feira, Lula afirmou que a realidade forçará os norte-americanos a abrirem mão da tarifa de US$ 0,54 por galão do etanol produzido no Brasil – a conjuntura atual é de término da taxa no último dia de 2010, porém, o Congresso estadunidense avalia possibilidades de manutenção.
Ao comparar a cultura da cana com a do milho (utilizada pelos EUA para a produção de álcool), Lula mostrou mais uma vez a sagacidade (depende da concepção) de suas palavras. Em tom completamente irônico, afirmou que o milho é dado, no Brasil, para a galinha se alimentar e depois fornecer ovinhos.
A tão almejada expansão dos mercados europeu e norte-americano para o etanol, na visão do presidente, possibilitará a ampliação do parque de usinas no Brasil e, consequentemente, incentivará a criação de empregos no segmento. Neste sentido, segundo o portal R7, endossou requalificação dos cortadores de cana, que serão substituídas por maquinários, para outras atividades, no intuito de assegurar continuidade de suas forças.
Por Luiz Felipe T. Erdei
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Política de Cookies
Quer deixar um comentário?